quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Lavar as mãos ajuda a lidar melhor com as falhas

Lavar as mãos ajuda a lidar melhor com as falhas


Lavar as mãos influencia o modo como pensamos, julgamos e tomamos decisões.

Voluntários que lavaram as mãos depois de uma tarefa mostraram-se mais otimistas do que aqueles que não lavaram as mãos.

Por outro lado, em termos de desempenho, lavar as mãos não se mostrou tão eficiente quando se leva em conta apenas a higiene: o otimismo extra atrapalhou o desempenho futuro na solução de uma tarefa. Contudo, como a tarefa era impossível de ser solucionada, isso pode indicar que o otimismo na verdade não deixou que a persistência virasse teimosia.

Missão impossível
Kai Kaspar e seus colegas da Universidade de Colônia (Alemanha) dividiram 98 voluntários em três grupos. Na primeira parte do experimento, os participantes de dois desses grupos tinham que resolver uma tarefa que, embora eles não soubessem, era impossível de ser resolvida.

Depois de falharem na primeira tentativa, tanto o grupo que lavou as mãos, quanto o que não lavou as mãos, mostraram-se igualmente otimistas de que se sairiam melhor na segunda tentativa. Mas não na mesma intensidade: o otimismo do grupo que lavou as mãos foi muito maior.

Em contraste com a constatação tradicional de que o otimismo leva a um melhor desempenho, ocorreu justamente o oposto: aqueles que não lavaram as mãos avançaram na tarefa bem mais do que o grupo que lavou as mãos e estava mais otimista.

O desempenho daqueles que tinham lavado as mãos ficou no mesmo nível do terceiro grupo, de controle, que não tinha falhado anteriormente porque só participou da segunda etapa do teste.

Lidar com o fracasso
De acordo com Kaspar, pode-se concluir que, embora a limpeza física após uma falha possa eliminar os sentimentos negativos, ela reduz a motivação para ser mais persistente em uma nova situação de teste, que poderia restaurar a própria percepção de competência.

Assim, interpreta ele, a limpeza física parece deixar as pessoas em uma posição melhor para lidar com o fracasso.

Fonte: Diário da Saúde 

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