sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Retrocesso na Espanha


Milhares de mulheres marcharam no  sábado, 8 pelas ruas do centro de Madri para protestar contra o projeto de lei elaborado pelo governo conservador de Mariano Rajoy para restringir o aborto.
As manifestantes gritaram slogans como "Aborto Livre!" ou "Gallardón renuncie", em referência ao ministro da Justiça, Alberto Ruiz-Gallardón, artífice da nova lei.
Em alguns dos cartazes mostrados pelas manifestantes era possível ler "Rosários e parlamentares, fora dos meus ovários", em relação à suposta pressão da Igreja católica espanhola nesta reforma.
Os bispos espanhóis classificaram de avanço positivo o projeto, aprovado pelo conselho de ministros no dia 20 de dezembro, que modifica a lei do aborto aprovada em 2010 sob o governo socialista anterior.
Esta permite atualmente a interrupção voluntária da gravidez até as 14 semanas a todas as mulheres e até as 22 semanas em caso de malformação do feto.
A reforma, no entanto, anula estes prazos e aceita apenas dois motivos para que o aborto seja legal na Espanha: estupro ou grave perigo para a saúde física ou psíquica da mãe, como é no Brasil. Estamos no século 21  e, tudo evoluiu. É lógico que um aborto seja em que condições ocorra, não é bem-vindo a qualquer mulher. Na maioria das vezes por questões emocionais. Mas a mulher tem de ter o direito a escolha. Uma criança não desejada é bem pior do que  o aborto legalizado, realizado por profissionais da saúde, que não irão colocar em risco a vida da mulher como as clínicas clandestinas.
O novo texto, que foi denunciado como um retrocesso pelas feministas e pela oposição de esquerda, não contempla, diferentemente da primeira lei do aborto da democracia espanhola, aprovada em 1985, a interrupção da gravidez em caso de malformação do feto.

Fonte:  Yahoo notícias

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